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Mostrando postagens de 2008

Princesas [des]Encantadas e Bruxas [Mal] Faladas.

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Era uma vez, um lugarzinho no meio do nada com sabor de chocolate, cheiro se terra molhada. E assim começava o conto de fadas da princesa intocável. Ela era linda, gentil, por que não dizer, espetacular? Era perfeita, ou tentava ser. Mas, ora não a julguemos, ela era inocente, não conhecia a vida e não havia ninguém para mostrar os locais escuros da Terra do Nunca. Não houve bruxa má que a prendesse no alto da torre, ou que a fizesse ter os cabelos mais compridos que um humano já pode ter. Acreditem, ela mesma saía escondido todas as noites e pela manhã voltava e trancava a si mesma na torre, para que ninguém visse seu rosto na promiscuidade diurna. Espera pelo Príncipe encantado, tão encantado que não existe. Todas as manhãs, cumpria seu papel, dava bons conselhos a seu espelho, pois era o único que acreditava nela. Em uma das noites que saía escondido, usando uma capa protetora, conheceu duas moças. E se encantou. Contou-lhes a respeito do príncipe e disse: "ele há de chegar!&qu

Cartas que nunca lerás.

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Querido Amor, Saiba que eu sempre estive aqui. Saiba que mesmo com você ali sempre ao seu lado, foi à mim que ele olhou, foi a mim que ele quis. Não sinta culpa, você é o mais bonito de todos os sentimentos que já conheci. Mas, é triste. Não entendo! Lindo, mas ainda assim, na maioria das vezes solitário. E pra ser mais sincera, injusto com muitos, quando és sublime no encaixe ao próprio, fazendo nascer o amor próprio. Este que quando ama outro, se esconde por detrás de roupas escuras e ao mesmo tempo, coloridas. Roupas estas de marca; marcas de felicidade, esperança, alegria, fé, diversão e tristeza, esta a mais cara de todas as marcas. Não pense que não é notório o seu surgimento na morada de qualquer um de nós, pois é notável a mudança que causas. Mas é mais notória ainda a mudança que fazes, quando te despedes. E quando vais, quem fica sou eu. Como no início. Me acusas, me recriminas, me deixas de lado, me repreendes, me sacrifica, mas sempre volto. Sou eu quem sustenta duas pessoa

O palhaço e a menina com cor.

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Eu era um palhaço triste, mas ainda um palhaço. Tinha cores por todo o corpo, seja nos olhos, boca, roupas e nariz. Levava minutos ou até horas de felicidade momentânea à vida de pessoas como você. Sensatas, seguras, firmes e corretas. Foi numa noite de espetáculo que eu a conheci. Ela parecia ser sensata, como todos vocês, mas com uma vontade louca e desesperada de não ser. Sentou-se logo ali na frente, onde meus olhos podiam a questionar. Era colorida como eu, mas as cores eram diferentes. Eram cores que combinavam entre si, como tudo o que ela fazia diariamente. A olhei, e como sempre no início dos espetáculos, escolhi alguém para presentear com um rosa roxa. Era uma rosa diferente, que cultivávamos nos fundos do circo, um circo que não saía do lugar. A instiguei firmemente naqueles olhos impermeáveis e lhe entreguei a rosa. Ela sorriu e disse: "Ok, obrigada Sr. Palhaço!", foram as únicas palavras que consegui ouvir no meio de uma gritaria de mãos em aplausos. Prosegui o e

Por quase dois segundos.

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"Querido, Não se culpe, está bem? Me prometa apenas isso. Não deixe a paixão suicidar-se numa tentativa frustrada de se tornar amor. Viva, apenas continue vivendo. Porém, não esqueça, ou lembre-se dos bons momentos, ou dos ruins quem sabe. Será que você ainda pensa em mim? Daqui a um bom tempo quando este presente já for um grande passado, não tente voltar aqui, pois essa chance não mais existirá. O que ainda existirá? Eu não mais, você muito menos. Escute boas canções, leia bons livros, veja belos lugares e elogie lindas mulheres, por mais que tudo isto seja relativo, por mais que você diga não se importar, faça-o. Em mim, restará a boa lembrança do dia em que me apaixonei, do dia em que senti te amar e do tempo que decorreu entre esses dois momentos. Restará tudo, menos uma outra chance e cabelos curtos". Deixou o escrito gravado em uma folha de papel sem cheiro, sem nada. Queria saber, por quanto tempo, sem os sentidos, ele lembraria-se dela. Levantou-se pegou a mochila e

Onde os pensamentos se escondem.

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Ela sentia-se só, sentia-se enojada, sentia-se imunda por dentro. Como um inseto voando na direção errada. Ela detestava insetos. Todo o masoquismo que houve um dia ali dentro, naquele momento era símbolo de aversão. São como chamas que invadem o corpo e queimam a toda velocidade, sem um tempo mínimo para respirar. Ela havia sorrido infinitamente, havia sentindo inquestionavelmente. A respiração agora possível preparava-se para a frase mais esperada, em tempos, desde aquela noite "Você é um canalha, meu caro. Humano, mas ainda sim um canalha". Ela havia dito nunca mais, pulsou cada letra formadora de cada uma dessas palavras e sentiu-se chorar por dentro e essas lágrimas de dor, não eram as mesmas lágrimas de um orgasmo. Olhou fixamente os pés e deixou-se cair. Ele a segurou, mas não, ele não teria força o suficiente. "Vamos fugir?", sussurrou em seu ouvido. Ela o olhou mais uma vez, sentindo toda aquela paixão que poderia durar para sempre, seja lá quanto tempo dur

Maquiagem voluntária.

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Ela possuía os olhos mais irritantes que alguém já imaginou pensar em ter visto. Olhos questionadores, convincentes, porém medrosos. Deitada em sua cama, olhando as paredes da cor que menos lhe agradava, avistando as inúmeras roupas e sapatos jogados pelo chão marrom, ela se questionava. Não permitia a ninguém que lhe vissem se questionando. Não permitia a ninguém que lhe conhecesse de verdade. Tentava criar uma tática de observação e aprendizagem, uma forma de sair das mais agravadas situações, deixando no ar um dúvida constante, uma pergunta que no mínimo teria que ser pensada três vezes para iniciar uma procura por respostas. Ela era viva, mas parecia estar morta. Mostrava a todos o que era a vida, mas preferia o esconderijo da morte. Pensava em todas as respostas que poderia ter dado, mas que por não se importar, silenciou. Identificou no fundo de suas caixinhas denominadas memórias um modo rápido, eficiente, mas trabalhoso de esconder-se sem precisar da estagnação que a morte most

Aparição Solar.

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Os dois estavam de mãos dadas, ela com fé e esperança e ele com força e vontade. Os cigarros iam chegando ao fim e o cheiro entranhando nas roupas sem cor. As cores haviam sumido, assim como as pessoas costumam sumir. No entanto, as cores e as pessoas jamais sumirão pela eternidade. Eles caminhavam olhando para os próprios pés, olhando e imaginado como chegaram ali, naquele quarteirão. Estavam ali, as mãos entrelaçadas, assim como o caminho que já haviam percorrido desde a descida do ónibus, que lhes deixara essa solidão acompanhada em uma avenida depressiva. Sentaram-se e abraçaram-se, mas não olharam-se. Os olhos, essas janelas, não os permitiam mais olhar o vazio e sorrir, as janelas agora estavam fechadas com a ansiedade pela chuva que logo chegaria. A chuva trazia aquele frio que sentimos quando quase tudo o que queremos, acaba. O frio que embalava as gotas d'água até os cabelos negros, desdenhava das gotas de lágrimas que logo logo molhariam o corpo quente, sedento por motiv

Humanóides Falantes.

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Eles têm mais ou menos a idade daquele que renasceu no terceiro dia. São parecidos conosco, porém não falavam ou raciocinavam tão dramaticamente como nós. Ele era o Gio ela era a Chimina. Eram dois humanóides, como a ciência os nomeia. Quase humanos. O corpo cheio de pêlos, corcundas e com os focinhos em ênfase na cara. Gio era um guerreiro, criara a chama vermelha e amarela que clareava a noite e aquecia os corpos. Chimina, uma chimpanzé faceira, com sua sensualidade animal. Viviam juntos desde o nascimento, aprenderam juntos o companheirismo e o instinto não humano. Os anos foram passando e a vontade de procriação, de afirmar a espécie também. Mas, como Gio faria isso? O instinto não humano não o ensinava tais táticas. Ela era tão sua amiga, como falaria? Como cruzariam? Ah, sim ele havia pensado, sim senhoras e senhores o Gio, um chimpanzé pensava ou como acham que ele afirmava a força do fogo em nosso planeta? Por ser tão seu amigo teria mais liberdade de comunicar o que sentia naq

Nas caixas e gavetas.

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Ela tentava esconder, guardá-lo em uma caixinha vermelha, esconde-lo de todas as formas. O que havia sentido por todos os outros, o que tentava esconder de todos os outros, era o coração, esse músculo que a fazia errar, que a fazia contar verdades que doíam. Todos os dias passados, ela tentava se esconder atrás de um desejo provocante que assumia autoridade em seu corpo e nada mais que isso. O desejo, a vontade, são bem mais fáceis que o sentir de verdade. Desejos e vontades passam e o coração nada tem a ver com isso. Mas, as memórias não a conseguiam deixa-la imune ao novo gostar. As memórias a prendiam num passado feliz que hoje era um presente imaculado. Mas, as lembranças se foram, se foram para uma gavetinha dentro de uma caixa verde e lá ficariam. A caixa era verde, mas nada de esperança havia ali. Ela o havia conhecido e não conseguira despistar o olhar. Não conseguia não lembrar, não conseguia não gostar. Ele não era dela; ela não era dele. E mais uma vez, mostrou o coração na

Menor que seja.

'O caminho mais fácil, nem sempre é melhor que o da dor. Dê uma chance pra vida te mostrar um jeito menos doloroso de se despedir. Não seja assim tão dura com as palavras. Lave bem as mãos antes de se despedir. Tire essa lama das botas, entes de me dar as costas.'

Poligrafia.

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Ela era mal educada, virava o rosto para todos. Não era legal. Não era companheira. Não ria por tudo. Não ria para todos. Não falava o que queriam ouvir. Não vestia o que esperavam que ela vestisse. Não lia o que queriam que ela lesse. Não era atenciosa com todos. Não era divertida. Não fazia boas piadas. A verdade, é que ela não é o que queriam que ela fosse, nem o que esperavam. Ela era ela e somente. Era apenas mais uma colorida no meio de tantas.

Hippie with colors.

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As cores haviam sumido; tudo agora era Preto NO Branco. Preto Branco Preto Branco Pre..TO Bran...CO preto & branco.
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Segurem-se todos, Ela está voltando.

Momento comum.

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Ela vai caminhando na direção dele, com os cabelos curtos e bagunçados. Olha-o nos olhos e indaga-se verdadeiramente sobre o que sente. Não, ela não sente. Vamos Fadas do Universo digam que foi tudo um sonho e que tudo voltará ao normal. Digam-me que tudo vai passar, que tudo vai mudar e melhorar. Ela não consegue mais dar nenhum passo, o olha novamente, firmemente; pega em seu rosto, sente o amor que caminhava em seu coração e cérebro. Caminhava mesmo? Não, ninguém sabe ou pode afirmar. Ele a olhava com pena, a olhava com rancor. Não sabia o que dizer aquela criatura feminina decadente, suspirava e esperava ouvir mais não-verdades. Ele sabia, ela diria, ela sabia, nunca diria. Ele irritava-se aos poucos, não sabia o que fazia ainda ali, o que ainda tinha pra ouvir. Repudiava-a agora, sentia aversão por cada centímetro de corpo e pelos. Ela não era mais, o que um dia havia sido. Ela enxugava as lágrima s, que sabia, secariam um dia ou outro. Ela chorava com dor; a dor de uma grande má

Eu sempre lhe disse, não sou boa, baibe.

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Você sabe que não sou boa. Sabe, que nunca fui a melhor em muitas coisas. Mas, ainda assim você me quer? Será mesmo, baby, que não sou boa o suficiente para você? Você me critica, me olha de cara feia, manipula meus gestos, escolhe minhas roupas... Quer uma mulher realmente boa e educada. Pois bem, sou colorida e sem classe. Era isso que você tanto temia, não era? Oh, me desculpe, pisei em seu maior calo, não? Você é só mais um riquinho metido à besta que não sabe nem o que é uma boa festa com os amigos... Vingue-se de mim: cancele o cartão de crédito ou me proiba de ir ao salão de beleza, querido. Vou feia e fora de moda aos seus eventos importantes. Não há jeito, não há solução... Fique comigo. Posso até ser sem classe ou sem cultura, mas pense bem: quem será tão boa quanto eu na cama?

Conversas entre signos.

- Ela está indo embora, minha querida? - Sim, ela está. - Motivos? - Ninguém os conhece. - Nem vocês mesma? - Sim, lhe confessarei os conheço sim. - E poderá um dia me contar? - Sim, posso. Hoje. - Pois sim... - Ela lhe amou Sr. Tédio porém, encontrou um novo amor. - Um novo amor? - Sim. - Como ele se chama, este grandioso ser? - Chama-se Sr. Companhia Agradável. - Não o conheço. - Foi o que imaginei, posso lhe ser sincera? - Sim, Sra. Sinceridade. - O Sr., com todo o respeito, exige total e exclusividade atenção. E isto cansa. - Verdade? Nunca pensei... - No início é bom, gera bons frutos como pensamentos. - Acha que devo rever meus conceitos sobre relacionamento? - Acredito que sim, e estou sendo bem sincera. A Sra. Sinceridade saiu para o campo oposto do Sr. Tédio. Eles sentem afeição um pelo outro, mas a Sra. Sinceridade prefere a companhia do Sr. Fugaz . Por fim, a sinceridade é fugaz ?

Diálogos póstumos à Solidão.

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Ela era uma moça delicada com flores coloridas na cabeça. Uma moça delicada, que não deixava ninguém saber o quão amável era. Gostava de olhar os carros poluirem a cidade através de seus óculos avermelhados. Amarrava e desamarrava os cabelos, sentido o vento sujo em suas narinas. Sonhava em ser médica, advogada, professora... Sonhava em ser tudo, em dar o melhor de si em quase tudo. Ouvia boas músicas, lia bons livros e gostava da solidão. A Solidão era sua amiga, sua amiga fiel e prestativa. Lhe acompanhava pra onde quer que fosse e não reclamava das cores em demasia que lhe vestiam diariamente. Em uma conversa como outra qualquer ela lhe fez a pergunta enfática: - Na verdade, não gostas tanto da minha companhia, não é? - Oh, como pode afirmar tal coisa, querida amiga? - Sei que não gosta tanto... - Na verdade, gosto sim, mas estar só com você me causa frio na barriga. - Verdade? E por quê? - Não sei, mas acredito que seja uma espécie de medo... - Medo? De estar só, não é verdade? - S

Alice no país da Erikalândia.

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"Uma mulher solitária"- Era o que diziam ao seu respeito. Uma mulher triste, era o que acrescentavam. Ela havia se transformado nisso, exatamente, especificamente nisso. Costumava ser uma garotinha gordinha e feliz, com brinquedos e mais brinquedos, mas sem poder sair de casa e mostrá-los aos amigos que não possuía. Passou a ser uma menina contida, porém feliz com todos os livros que poderia ter. Escondia-se atrás de uma capa de popular com gostos musicais que na verdade, nunca lhe apeteciam em facto. Mostrou-se feliz com andar dos dias, mas dolorosamente feliz. Uma cometa demorado a ensinou a ser quem realmente era, lhe ensinou muitas coisas...lhe ensinou a ser fria. O cometa passou e veio a chuva, a chuva lavou a alma daquela ainda menina, mas trouxe a mulher para perto dela. A mulher que ela jamais havia sido, em hipótese ou forma alguma. Lhe conquistara aquele jeito de ser, lhe auto-afirmara aquele jeito de ser, lhe causara risos irónicos consecutivos, lhe fixaram no corp

Just wanna ser feliz.

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Ela só queria, acordar cedo sem compromissos e tomar café numa padaria desconhecida. Ela só queria, voltar pra casa carregada de novos romances a serem lidos. Ela só queria, ler e ler novamente os clássicos. Ela só queria, se divertir até a barriga doer de tanto dar risada. Ela só queria, colocar a cabeça em baixo de um chuveiro com a água caindo com boa intensidade. Ela só queria, ver seu reflexo feliz no espelho. Ela só queria, ouvir seus reggaes e seu rocks. Ela só queria, deitar de cabeça pra baixo. Ela só queria, sentir de novo o amor. Ela só queria, caminhar sem medo de cansar. Ela só queria, sorrir e sorrir dos problemas. Ela só queria, que tudo se resolvesse como num passe de mágica. Só queria, que alguém como muito amor lhe telefonasse. Só queria, receber flores. Só queria, sentir-se viva de verdade. Só queria, andar de patins sem cair. Só queria, ter todos que ama de volta. Só queria, amar e ser amada de novo. Mas, queria farras também. Queria comer algodão doce sem medo da d
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Mereces sim, outro texto. [E meninas, não fiquem com ciúmes, ok?] Pretinha, andei pensando e sinto saudades de ti desde já. Parece que faz tanto tempo que não conversamos, e na verdade faz menos de uma hora. Estamos tão próximas, tão ligadas, já reparou? Sabemos tudo uma da outra, tudo o que quase ninguém sabe... É, tomara que seja assim sempre, não é? Lembrando das coisas que já nos falamos, das conversas que já tivemos, do quão nos damos bem, das brigas, ou melhor DA briga, lembra? Como esquecer, não é? E dos abraços, dos carinhos e dos apelidos carinhosos que insistimos em nos chamar. Pretinha, preta, sintética, amiga... Não quero ter que perguntar onde você esteve, ou porque não me ajudou quando mais precisei. Quero você do meu lado, até as nossas filhas estarem se casando. Te amo, Minha Pretinha. :)

O já visto.

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"Quero beijos sem tréguas, quero sete mil léguas sem descansar."

Sonhos matutinos.

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Impulsos movidos e girando ao redor dos braços. Bocas e olhos. Verdes, vermelhos, roxos e amarelos. Esperanças, desejos, luto e riquezas. Foram e são. São? Foram? Seu; sua, meu; minha. O olhar distante se encontra hoje, e se perde de novo nos mares verdes e azuis da tua confusão contínua. Pegue na minha mão, me leve para longe dessa sacada me diga que tudo ficará bem e que é tudo um sonho ruim.

Quero dançar com você.

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Ela só, ela. Elas, com elas. Ele, sem ela. Ela, sem ele. Risos foram gastos. Lágrimas foram doadas. Pensamentos foram trocados. Motivos foram confundidos. Intenções foram deixadas de lado. Sentimentos foram libertos de dores. Amores foram expostos. Amizades foram postas à prova; E sobreviveram. Amo-as de verdade. As diferenças são grandes e irão aumentar... Porém, o sentimento será o mesmo. Pra sempre. E o nosso pra sempre durará demais. Grata.

Piedoso pensar.

São gritos? Grite. São lágrimas? Chore. São temores? Lute contra eles. São tristezas? Compartilhe-as. São noites sem sono? Leia um bom livro. São decepções? Aprenda com elas. Mas, não julgue sem saber os fatos. Não se decepcione, sem ter motivos reais. Não chore sem ter lágrimas. Não tema, sem haver temores. Não deixe de dormir o sono dos justos. Apaixone-se por si mesma e entenderás.
Entre um mundo e outro, ela se encontra com um olhar amedrontado e um sorriso corriqueiro. Ela está ali, entre o bem e o mau. Entre o ser e o fingir não ser, entre o olhar e o não notar, entre o querer e o desfazer, entre a amizade e o desejo. Ela está parada em frente a um corredor, cheio de portas vermelhas e roxas. Com setas que deveriam indicar o caminho, mas na verdade só a levam para o mais complexo questionar. Está vestida de preto, da cor dos olhos até o sapato. Está com uma fita vermelha no braço direito, indicando todo o desejo que tem pela vida e pelo que ainda vai conquistar. No braço esquerdo uma fita verde, indicando toda a esperança que ainda tinha na amizade da vida. Caminhava passo à passo demoradamente. Como se o mais tardar facilitasse sua decisão. Mas, que decisão? Teria que tomá-la? Haviam dois caminhos à seguir? Um caminho? Três? Nenhum? O que ela ainda fazia ali pensando? Afinal, fazia tudo sem pensar em nada e nem em ninguém, não era? É, vai ver foi esse o motiv

O que não tem fim.

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Certa vez, uma bonita menina com um sorriso envergonhado o conheceu. Ele era um tímido apaixonado que ainda não sabia seguir o caminho que já lhe fora traçado. Afinal, ele não queria o 'já feito', queria e sonhava em fazê-lo. Encontraram-se, num colégio diferente dos outros e no auge de uma infância que ainda aconteceria, se separaram. O reencontro houve, o porque, ninguém sabe explicar, mas houve. Houve amor ali, desejo ali, amizade ali, houve o reencontro de almas que ainda não sabiam; mas, nunca iriam se separar. Telefonemas à esperavam todos os dias, relatos diários de um cotidiano que ainda não sabia o verdadeiro significado de liberdade, mas ainda assim um cotidiano. Que só não era tão marcado pelo tédio, devido a companhia telefonica noturna de todos os dias. Ela cresceu, teve romances à torto e à direita, amou outros, viveu romances, decepções, lágrimas seguidas, risos, alegrias com ele ao seu lado, onde ele estivesse. Ele cresceu, fez amigos, tornou-se homem, a amou, a