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Mostrando postagens de agosto, 2008

Conversas entre signos.

- Ela está indo embora, minha querida? - Sim, ela está. - Motivos? - Ninguém os conhece. - Nem vocês mesma? - Sim, lhe confessarei os conheço sim. - E poderá um dia me contar? - Sim, posso. Hoje. - Pois sim... - Ela lhe amou Sr. Tédio porém, encontrou um novo amor. - Um novo amor? - Sim. - Como ele se chama, este grandioso ser? - Chama-se Sr. Companhia Agradável. - Não o conheço. - Foi o que imaginei, posso lhe ser sincera? - Sim, Sra. Sinceridade. - O Sr., com todo o respeito, exige total e exclusividade atenção. E isto cansa. - Verdade? Nunca pensei... - No início é bom, gera bons frutos como pensamentos. - Acha que devo rever meus conceitos sobre relacionamento? - Acredito que sim, e estou sendo bem sincera. A Sra. Sinceridade saiu para o campo oposto do Sr. Tédio. Eles sentem afeição um pelo outro, mas a Sra. Sinceridade prefere a companhia do Sr. Fugaz . Por fim, a sinceridade é fugaz ?

Diálogos póstumos à Solidão.

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Ela era uma moça delicada com flores coloridas na cabeça. Uma moça delicada, que não deixava ninguém saber o quão amável era. Gostava de olhar os carros poluirem a cidade através de seus óculos avermelhados. Amarrava e desamarrava os cabelos, sentido o vento sujo em suas narinas. Sonhava em ser médica, advogada, professora... Sonhava em ser tudo, em dar o melhor de si em quase tudo. Ouvia boas músicas, lia bons livros e gostava da solidão. A Solidão era sua amiga, sua amiga fiel e prestativa. Lhe acompanhava pra onde quer que fosse e não reclamava das cores em demasia que lhe vestiam diariamente. Em uma conversa como outra qualquer ela lhe fez a pergunta enfática: - Na verdade, não gostas tanto da minha companhia, não é? - Oh, como pode afirmar tal coisa, querida amiga? - Sei que não gosta tanto... - Na verdade, gosto sim, mas estar só com você me causa frio na barriga. - Verdade? E por quê? - Não sei, mas acredito que seja uma espécie de medo... - Medo? De estar só, não é verdade? - S

Alice no país da Erikalândia.

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"Uma mulher solitária"- Era o que diziam ao seu respeito. Uma mulher triste, era o que acrescentavam. Ela havia se transformado nisso, exatamente, especificamente nisso. Costumava ser uma garotinha gordinha e feliz, com brinquedos e mais brinquedos, mas sem poder sair de casa e mostrá-los aos amigos que não possuía. Passou a ser uma menina contida, porém feliz com todos os livros que poderia ter. Escondia-se atrás de uma capa de popular com gostos musicais que na verdade, nunca lhe apeteciam em facto. Mostrou-se feliz com andar dos dias, mas dolorosamente feliz. Uma cometa demorado a ensinou a ser quem realmente era, lhe ensinou muitas coisas...lhe ensinou a ser fria. O cometa passou e veio a chuva, a chuva lavou a alma daquela ainda menina, mas trouxe a mulher para perto dela. A mulher que ela jamais havia sido, em hipótese ou forma alguma. Lhe conquistara aquele jeito de ser, lhe auto-afirmara aquele jeito de ser, lhe causara risos irónicos consecutivos, lhe fixaram no corp

Just wanna ser feliz.

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Ela só queria, acordar cedo sem compromissos e tomar café numa padaria desconhecida. Ela só queria, voltar pra casa carregada de novos romances a serem lidos. Ela só queria, ler e ler novamente os clássicos. Ela só queria, se divertir até a barriga doer de tanto dar risada. Ela só queria, colocar a cabeça em baixo de um chuveiro com a água caindo com boa intensidade. Ela só queria, ver seu reflexo feliz no espelho. Ela só queria, ouvir seus reggaes e seu rocks. Ela só queria, deitar de cabeça pra baixo. Ela só queria, sentir de novo o amor. Ela só queria, caminhar sem medo de cansar. Ela só queria, sorrir e sorrir dos problemas. Ela só queria, que tudo se resolvesse como num passe de mágica. Só queria, que alguém como muito amor lhe telefonasse. Só queria, receber flores. Só queria, sentir-se viva de verdade. Só queria, andar de patins sem cair. Só queria, ter todos que ama de volta. Só queria, amar e ser amada de novo. Mas, queria farras também. Queria comer algodão doce sem medo da d
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Mereces sim, outro texto. [E meninas, não fiquem com ciúmes, ok?] Pretinha, andei pensando e sinto saudades de ti desde já. Parece que faz tanto tempo que não conversamos, e na verdade faz menos de uma hora. Estamos tão próximas, tão ligadas, já reparou? Sabemos tudo uma da outra, tudo o que quase ninguém sabe... É, tomara que seja assim sempre, não é? Lembrando das coisas que já nos falamos, das conversas que já tivemos, do quão nos damos bem, das brigas, ou melhor DA briga, lembra? Como esquecer, não é? E dos abraços, dos carinhos e dos apelidos carinhosos que insistimos em nos chamar. Pretinha, preta, sintética, amiga... Não quero ter que perguntar onde você esteve, ou porque não me ajudou quando mais precisei. Quero você do meu lado, até as nossas filhas estarem se casando. Te amo, Minha Pretinha. :)

O já visto.

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"Quero beijos sem tréguas, quero sete mil léguas sem descansar."

Sonhos matutinos.

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Impulsos movidos e girando ao redor dos braços. Bocas e olhos. Verdes, vermelhos, roxos e amarelos. Esperanças, desejos, luto e riquezas. Foram e são. São? Foram? Seu; sua, meu; minha. O olhar distante se encontra hoje, e se perde de novo nos mares verdes e azuis da tua confusão contínua. Pegue na minha mão, me leve para longe dessa sacada me diga que tudo ficará bem e que é tudo um sonho ruim.

Quero dançar com você.

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Ela só, ela. Elas, com elas. Ele, sem ela. Ela, sem ele. Risos foram gastos. Lágrimas foram doadas. Pensamentos foram trocados. Motivos foram confundidos. Intenções foram deixadas de lado. Sentimentos foram libertos de dores. Amores foram expostos. Amizades foram postas à prova; E sobreviveram. Amo-as de verdade. As diferenças são grandes e irão aumentar... Porém, o sentimento será o mesmo. Pra sempre. E o nosso pra sempre durará demais. Grata.

Piedoso pensar.

São gritos? Grite. São lágrimas? Chore. São temores? Lute contra eles. São tristezas? Compartilhe-as. São noites sem sono? Leia um bom livro. São decepções? Aprenda com elas. Mas, não julgue sem saber os fatos. Não se decepcione, sem ter motivos reais. Não chore sem ter lágrimas. Não tema, sem haver temores. Não deixe de dormir o sono dos justos. Apaixone-se por si mesma e entenderás.
Entre um mundo e outro, ela se encontra com um olhar amedrontado e um sorriso corriqueiro. Ela está ali, entre o bem e o mau. Entre o ser e o fingir não ser, entre o olhar e o não notar, entre o querer e o desfazer, entre a amizade e o desejo. Ela está parada em frente a um corredor, cheio de portas vermelhas e roxas. Com setas que deveriam indicar o caminho, mas na verdade só a levam para o mais complexo questionar. Está vestida de preto, da cor dos olhos até o sapato. Está com uma fita vermelha no braço direito, indicando todo o desejo que tem pela vida e pelo que ainda vai conquistar. No braço esquerdo uma fita verde, indicando toda a esperança que ainda tinha na amizade da vida. Caminhava passo à passo demoradamente. Como se o mais tardar facilitasse sua decisão. Mas, que decisão? Teria que tomá-la? Haviam dois caminhos à seguir? Um caminho? Três? Nenhum? O que ela ainda fazia ali pensando? Afinal, fazia tudo sem pensar em nada e nem em ninguém, não era? É, vai ver foi esse o motiv

O que não tem fim.

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Certa vez, uma bonita menina com um sorriso envergonhado o conheceu. Ele era um tímido apaixonado que ainda não sabia seguir o caminho que já lhe fora traçado. Afinal, ele não queria o 'já feito', queria e sonhava em fazê-lo. Encontraram-se, num colégio diferente dos outros e no auge de uma infância que ainda aconteceria, se separaram. O reencontro houve, o porque, ninguém sabe explicar, mas houve. Houve amor ali, desejo ali, amizade ali, houve o reencontro de almas que ainda não sabiam; mas, nunca iriam se separar. Telefonemas à esperavam todos os dias, relatos diários de um cotidiano que ainda não sabia o verdadeiro significado de liberdade, mas ainda assim um cotidiano. Que só não era tão marcado pelo tédio, devido a companhia telefonica noturna de todos os dias. Ela cresceu, teve romances à torto e à direita, amou outros, viveu romances, decepções, lágrimas seguidas, risos, alegrias com ele ao seu lado, onde ele estivesse. Ele cresceu, fez amigos, tornou-se homem, a amou, a