A única exceção, sim.

As decisões são engraçadas, não é? Só consigo rir. Por felicidade, rir pra não chorar, rir de medo e rir da minha cara de quem não sabe nada e continua com medo de aprender. As escolhas nunca são fáceis, os caminhos são sempre tortuosos: coisas boas e más. O que pesará mais? Vai saber.

Só consigo pensar, não consigo raciocinar, só pensar. Pensar é mais sentir que raciocinar, não é? Quero acreditar que sim, quero acreditar. Quero mesmo. Acho que acredito, mas em que? Acreditar? Esses são os pensamentos constantes, isso não é raciocínio, são fragmentos soltos que se unem e trazem mais angústia, incrível, mais amor.

É epistolar, não recíproco. São cartas que nunca voltam, cartas que nunca foram... são cartas soltas de um baralho incompleto e desbotado. São carteiros mensageiros, são letras com cor escarlate. São são e são.

Parece que a escolha é ir embora. Just leave, sabe? Voltar aos cigarros, aos carros  antigos, as casas coloridas e ao sol que não importa. Parece que a negação é melhor que a tentação. Parece que a tentação não dá sentido, não tenta com tanta força. Não é uma tentação, é uma tentativa.

A verdade, é que a exceção aqui fala mais alto. A verdade é que palavras soltas não tem a menor significação, quero nem tenha as que. Tá vendo, só? Você me entende? Parece que só repito e a ordem das palavras não mostra nada, sua competência linguística está com defeito, querido. Está sim.

É azedo, ácido, doce e amargo. És minha língua, és meu paladar. És minha boca.

Tudo tem que ser, parece que nada pode deixar de ser, ou simplesmente ir... TEM que ser. Uma obrigação, um domínio, um exército em plena colcha de cama. Uma disputa sem fim, sem conclusão, sem animação.

Mas agora, a minha boca tem um gosto amargo, muito mais que doce. Talvez após outras disputas, o doce da pipoca me convença, me anime, mude meu paladar. Ou quem sabe, mude o seu paladar.



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