O amor? Aaah o amor.
"O amor é feio; tem cara de vício. "
Como é possível, um paradoxo em formato de coração cheio de flores? Paradoxo implícito, com direito a introdução, desenvolvimento e conclusão. Um paradoxo livre de rimas, mas cheio de clichês. Cheio de antíteses, hipérboles e colorido por poesias audio-visuais. Quando conseguimos o climax da ação, logo logo veremos sua extinção. Metódico, não? Cheio de vícios, sem endereço à uma clínica de reabilitação.
"Vou lhe tirar disso..."
Mas, como se "o amor é lindo" e o procuramos, seguimos, perseguimos até que ele nos conceda um sorriso. Somente e na maioria das vezes é o que queremos e por isso passamos semanas lembrando. Até que sentimos a necessidade de mais um sorriso entretanto, este com mais afeição e carinho. Ora, ora, não tente me enganar. O que seria do amor sem as ligações, satisfações, cartinhas, carinhos e beijinhos, hum?
Não seria amor. Seria Pseudônimo.
"O amor é livre."
Rá, historinhas de amores modernos? Você deve saber que quase ninguém acredita nisso e se você leu até aqui, sabe que de uma forma vaga ou desleal concorda comigo em pelo menos um ponto. E os corações desenhados, as músicas pegajosas e grudentas. Exatamente o que queremos e perseguimos e se nada disso existe, culpamos a indiferença trazendo a então desagradável conclusão.
A velha roupa colorida será como um ex amor, um amor que chegou a uma conclusão, esta porém sem solução. O que queremos é apenas eu-líricos, enigmas da nomeação ou folhas de papel para escondermos a necessidade de um amor como antigamente, com flores e serenatas, não?
Em todo o auge, há uma descida. Após um tempestade lá vem ela, a calmaria.
Lá se vê o fim dos clichês, o fim das poesias e o início das narrações, "Havia um tempo...".
Não, não, não minta pra mim e vá logo, vista-se de um eu-lírico romântico até as fibras do seu corpo e vá correndo pegar um clichê para chamar de seu.
Peço perdão mas preciso ir, afinal o meu eu-lírico também precisa encontrar mais um clichê, mas saiba, o meu eu-lírico NUNCA eu mesma.
cof, cof.
Qual é mesmo o nome do meu alter ego ?