Ela vai caminhando na direção dele, com os cabelos curtos e bagunçados. Olha-o nos olhos e indaga-se verdadeiramente sobre o que sente. Não, ela não sente. Vamos Fadas do Universo digam que foi tudo um sonho e que tudo voltará ao normal. Digam-me que tudo vai passar, que tudo vai mudar e melhorar. Ela não consegue mais dar nenhum passo, o olha novamente, firmemente; pega em seu rosto, sente o amor que caminhava em seu coração e cérebro. Caminhava mesmo? Não, ninguém sabe ou pode afirmar. Ele a olhava com pena, a olhava com rancor. Não sabia o que dizer aquela criatura feminina decadente, suspirava e esperava ouvir mais não-verdades. Ele sabia, ela diria, ela sabia, nunca diria. Ele irritava-se aos poucos, não sabia o que fazia ainda ali, o que ainda tinha pra ouvir. Repudiava-a agora, sentia aversão por cada centímetro de corpo e pelos. Ela não era mais, o que um dia havia sido. Ela enxugava as lágrima s, que sabia, secariam um dia ou outro. Ela chorava com dor; a dor de uma grande má...